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sexta-feira, 11 de março de 2011

Mini Cooper S dá um drible na monotonia


O jogo estava marcado. Mas a escalação só foi definida na véspera, quando o Mini Cooper S chegou à concentração. Ele entrou em campo com aerofólio de fibra de carbono que, apesar de exagerado, lhe caiu bem. O acessório é do kit John Cooper Works e custa R$ 5,6 mil. Entre os itens titulares, rodas aro 17, grade tipo colmeia na cor preta, saída de escape dupla e entrada de ar no capô.

Melhores jogadas aparecem quando o motor 16V tabela com o câmbio no modo Sport
E nada disso é firula. Com motor 1.6 16V turbo de 175 cv, o “S” alcança 100 km/h em 7,2 s – dá um olé no Cooper convencional, que tem 120 cv e é 3,4 s mais lento. O torque de 24,5 kgfm aparece cedo, a partir de 1.600 rpm, e resolve a falha em baixa rotação apontada pelo editor Hairton Ponciano Voz no teste da versão menos potente. É fácil se empolgar e superar o limite da estrada. Para conter o ímpeto, potentes discos nas quatro rodas freiam o Mini de 80 km/h a 0 em apenas 23,9 m.


A condução lembra a de um kart. A direção é direta e a estabilidade, impecável. A carroceria quase não inclina e, por isso, sair da trajetória requer muito abuso. A suspensão é firme e informa tudo aos ocupantes, até as menores imperfeições do solo. A diversão só não é maior porque falta o câmbio manual. Ainda assim, o Mini surpreende nas arrancadas. “Frita tanto os pneus, que nem parece automático”, disse o editor Daniel Messeder, que fez os testes na pista. As trocas das marchas podem ser feitas a partir de borboletas atrás do volante, só que não são intuitivas: para reduzir, é preciso empurrar a haste com o polegar. Além disso, mesmo no modo manual, a transmissão sobe a marcha sozinha quando o limite de giros se aproxima. Para extrair o melhor dela, o ideal é ativar o botão Sport, à frente da alavanca.

Nem precisava de aerofólio, mas com ele a saída dupla de escape, o Cooper S bate um bolão
No interior, a forma supera a função. O velocímetro circular no centro do painel é puramente estético – a velocidade, a gente vê no display digital. Os botões que abrem janelas e determinam o tom da iluminação são charmosos, mas quem nunca dirigiu um Mini demora a se adaptar, como observou a repórter Carina Mazarotto. Passada a fase de adaptação, é só curtir a atuação do craque. O pênalti pode ser o preço: R$ 128.750 – quase R$ 50 mil a mais do que o Cooper Salt.

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